Nilton: Gostaria de saber sua posição sobre o comércio ambulante em Salvador, em sua opinião como deve se dar a organização, arrecadação para os cofres da prefeitura, melhorias nas estruturas e condições de trabalho?
TONHA: Acho de extrema importância manter os trabalhadores ambulantes, porém existem lugares em que os mesmos dificultam o acesso dos pedestres, então defendo que deve ser feito um local estratégico, coberto, com boas condições onde eles possam ter suas barracas e um local para guardar seus materiais de trabalho, penso que uma medida também é a revitalização do shopping do povo que fica na Baixa dos Sapateiros e a criação de mais dois ou três setores como aquele na cidade. Além de tudo esses trabalhadores devem ser cadastrados para que paguem uma taxa minima para a realização da manutenção desse espaço, além de serem encaminhados para programas do governo (Bolsa família e etc) para a implementação da renda.
Nilton: Os passeios nos bairros de salvador(calçadas) que deveriam servir para os transeuntes e que hoje servem de estacionamentos para carros e buracos, o que a Sra. pretende fazer? Qual a propost
a quanto a isso?
TONHA: O crescimento econômico em todo o
país por conta dos acertos no governo Lula e Dilma refletindo na redução do IPI
fez com que muitas pessoas de classes populares
tivessem a possibilidade de ter seu carro próprio, como Salvador não tem estrutura
pra suportar esse crescimento e muitas pessoas não possuem garagem, penso que
poderiam haver estacionamentos comunitários, ou a prefeitura realizar convênios
para que os estacionamentos já existentes possam cobrar mais barato, obviamente
haverá resistência, então a ação é fiscalizar junto a transalvador para que os
infratores sejam punidos (com multas), afinal somos munidos de direitos mas
também de deveres. Enquanto a restruturação das calçadas é necessário ver junto
a Sucop (Superintendência Municipal de Conservação e Obras Públicas) para que
sejam realizadas não só em bairros nobres mas principalmente em bairros
populares.
Nilton: Os adolescentes e o primeiro emprego, qual a proposta de integração entre comerciantes locais nos bairros e prefeitura para um melhor aproveitamento desta mão-de -obra?
TONHA: Uma das minhas principais bandeira de luta
é justamente a qualificação de adolescentes e jovens, nos últimos anos
observamos o crescimento de cursos
através de parcerias do governo estadual com o SENAI e o SENAC a Setre também
tem oferecido diversos cursos nesse âmbito. Em muitas reportagens estamos vendo
que houve também o crescimento da empregabilidade na Bahia, porém faltam
pessoas capacitadas o que faz essas empresas trazerem pessoas de outros Estados
para trabalharem, defendo parcerias entre comerciantes locais e associações
comunitárias que ofereçam cursos profissionalizantes, a ampliação de programas como
o mais social que é responsável pelos projetos adolescente e jovem aprendiz.
Além de tudo a criação de cursos para jovens que ainda não concluíram o ensino
fundamental com a exigência de que devem estudar e obter boas notas.
Nilton: E quanto a Sussuarana e a integração através de linhas alternativas de ônibus com outros bairros?
TONHA: Sussuarana é um bairro com
quase 160 mil habitantes e não tem estrutura suficiente a nível de transporte,
a Sussuarana Nova onde moro não tem
sequer o direito de "pegar" um ônibus vazio, pois as principais
linhas é dividido com o Novo Horizonte. A primeira coisa é fazer com que o
poder público possa perceber que a Sussuarana é dividida em três extensas
partes e que essas possuem características e necessidades diferentes, não há a
menor possibilidade dos ônibus serem compartilhados entre"duas partes"
do bairro pois além dos ônibus cheios enfrentamos filas quilométricas nos
terminais. É indispensável a separação das linhas e a criação de novas
possibilidades, existem ônibus que tem no CAB que poderia passar pela
Sussuarana, devemos levar essa proposta pro Conselho Municipal de Transporte e
mais do que isso, fiscalizar e cobrar. É necessário realizar também um trabalho
de conscientização com os comerciantes, pois a entrada e saída de caminhões
durante horário de pico em supermercados, casas de materiais de construção e
outros, causa engarrafamentos na rua direta, o que dificulta também a agilidade
dos transportes.
Nilton: quanto aos incentivos a Cultura nos bairros periféricos? O que a sra. pensa em relação à isso?
TONHA: Esse é um dos pontos que mais
gosto de falar, por ser oriunda de um bairro extremamente cultural estamos
lutando por um Centro
Cultural Sócio Educativo e Esportivo, devemos ter a consciência que um(a)
vereador(a) não tem o poder de realizar sozinho(a), a sociedade civil tem um
papel mais que importante nas conquistas dessas medidas. Vamos lá, a primeira
questão é regularizar os grupos culturais para que tenham a possibilidade de se
manter, realizar em parceria com a secretaria de cultura, ongs e empresas
cursos de elaboração de projetos e captação de recursos, (hoje em dia algumas
secretarias do governo estadual apoiam projetos até de pessoas físicas, mas nem
sempre os coordenadores desses grupos sabem escrever os projetos), ampliar os
pontos de cultura na cidade e lutar pela valorização da cultura periférica.
Propor ao governo o retorno de projetos como o "sua nota é um show" e
a expansão do mesmo pra teatro, cinema, circo e outros para que pessoas com
pouca renda possam ter acesso. Conscientizar e incentivar as pessoas para que
acessem os meios culturais oferecidos além de traze-los também para os bairros.
Sou a favor de medidas sócio educativas nas escolas como capoeira, teatro,
dança e poesia, da valorização dos artistas de rua e arte educadores dos grupos
culturais que realizam muito bem seus trabalhos e quando aparecem alguns
projetos na comunidade estes não são contratados pra trabalhar, pois preferem
inserir pessoas de outros âmbitos.
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